ARQUEOLOGIA
Pimenta Bueno Berço Tupy
Entende-se como tronco linguístico a reunião de línguas de uma mesma família semelhante, de origem comum. No Brasil pré histórico havia dois grandes troncos linguístico – Macro Tupy e Macro Gê – há também 19 línguas que não faz parte de nenhuma desses dois troncos e que constitui-se um mistério por não se conhecer a que família pertence, nem como originou-se. Bem como sabe-se que existiu outro tanto de línguas isoladas sem um profundo conhecimento de sua origem, que não tem nenhuma semelhança com nenhuma originária desse dois troncos.
O estado do Rio Grande do Sul é um dos mais avançado no campo da pesquisa arqueológica no Brasil, onde existe um vasto acervo do conhecimento pré histórico de quase todo o país. Não só houve um vasto trabalho nessa área, como também podemos constatar a existência de instituições que muito contribui para o enriquecimento cultural de toda a nação brasileira, destacando entre elas a UNISINOS detentora do Instituto Anchietano de Pesquisas e o seu avançado método de trabalho.
Na publicação do documento de nº 05, sobre a Pré História do Rio Grande do Sul, de 1991, seu autor, Pedro Inácio Schmitz, o Padre Inácio, pesquisando a tradição Tupy-Guarani revela o local onde surgiu o tronco linguístico Tupy e que recebeu a influencia Guarani quando aquele povo sai da região amazônica e se funde culturalmente com os povos da hoje região sul, onde forma o vasto idioma Tupy-Guaraní.
Não existe dúvida de que o local que surgiu o Tronco Linguístico Tupy a aproximados 5 mil anos, é as terras que hoje abriga o município de Pimenta Bueno, comprovado pelos inúmeros sítios arqueológico abundante em nossa região, ignorados pela comunidade científica do Estado, mas traz em sua informação muito de uma cultura importante que difundiu-se por todo território brasileiro, tornando-se um dos principais grupo linguístico conhecido na América do Sul.
A realidade da arqueologia pimentense não é só importante, como também preocupante. Importante pelas considerações levantadas na referência citada e urgente porque dela pouco se conhece e o que é mais preocupante é que um trabalho de preservação e salvamento se faz necessário para deter o processo de destruição acelerado pela urbanização desenfreada, que sufoca essa cultura milenar a cada dia, debaixo de tijolos, cimento e asfalto. Como é o caso do Bairro Bela Vista, que avança cada dia sobre um dos mais antigos e importante sítio arqueológico da Amazônia.